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Conjunto Habitacional

Sobradinho, DF

 

"Queremos cidades nas quais possamos novamente morar (...), não apenas com segurança e em boa saúde, mas também felizes"
Arquiteto Bruno Taut, 1919

 

Habitar coletivamente é causa e consequência de um desejo de cidade. Independente das restrições econômicas, legislativas ou geográficas, é objetivo da arquitetura permitir os encontros nos espaços projetados, assim como assumir a responsabilidade da integração do edifício proposto com o seu entorno.

O conjunto habitacional projetado para Sobradinho/DF foi formatado visando que as relações humanas fossem priorizadas. O térreo livre, a cobertura de uso comum, as amplas e arejadas circulações, a escada que se comunica com o exterior: seus objetivos não são apenas o ir e vir, mas também o permanecer, a troca de ideias, a contemplação e o compartilhamento das experiências. O relacionamento humano é a alma de um edifício multifamiliar.

Na habitação de interesse social, proposta no presente projeto, reforçamos o caráter comunitário do convívio. As tipologias propostas, de dois e três quartos, repetem-se a cada andar e distribuem-se pelo pavimento com uma única e comum circulação que permite os encontros cotidianos e a comunicação irrestrita entre todas as unidades. O trânsito pela edificação deixa de ser coadjuvante para assumir um dos papéis de protagonistas do projeto.

O eixo longitudinal e seus fechamento realizados por cobogós ainda garantem a ventilação natural para todos os apartamentos do prédio, permitindo o controle do arejamento para cada umas das 60 unidades projetadas. Além da busca pela melhor circulação possível do ar, o controle solar norteou a elaboração de anteparos nas janelas que permitem o controle desejado da incidência solar, assim como as varandas que se projetam e auxiliam nessa proteção.

A inserção da edificação no terreno busca primeiramente o menor impacto possível para a concepção do subsolo, aproveitando o leve aclive do terreno para obter assim o menor escavamento possível, aflorando ainda parte do estacionamento em um platô que é oferecido à cidade para o uso comum, garantindo assim a total permeabilidade no pavimento térreo.

Buscou-se um bom aproveitamento das áreas construídas, entretanto sem espremer as dimensões necessárias para o conforto do usuário - como usualmente acaba ocorrendo no mercado imobiliário. As dimensões mínimas são refutadas em prol de unidades habitacionais adequadas ao uso familiar, permitindo ainda suas adaptações - se necessárias – com o uso de vedações internas em dry wall.

Quanto ao sistema construtivo, optou-se pela estrutura metálica para as unidades combinada ao concreto pré-moldado nos dois volumes para a circulação vertical. Desse modo obtemos a velocidades de construção em métodos consolidados e de amplo domínio público. Os elementos em concreto realizam desse modo a amarração necessária para o travamento da estrutura em vigas e pilares “I”, que expostos conferem ao edifício a sua característica de combinação de diferentes e harmoniosos elementos.

No pavimento térreo os pilares recebem ainda uma inclinação - visando cumprir a necessidade de afastamento em 50cm as fundações dos limites do terreno, conferindo ainda ao projeto uma sustentação diferenciada do volume, que compreendo o aço, o concreto, as cores e os encontros.

 

Localização: Sobradinho/DF

Ano: 2016

Projeto: Diogo Giovannoni, Marcel Moreno, Rodrigo Levy e Tom Caminha

Subsolo

Térreo

Pavimento Tipo

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